sexta-feira, novembro 09, 2007
segunda-feira, agosto 06, 2007
Notícias
http://www.foxnews.com/story/0,2933,270554,00.html
Vamos lá outra vez:
(É favor inspirar antes de começar a ler)
Joshua
Jana
John-David
Jill
Jessa
Jinger
Joseph
Josiah
Joy-Anna
Jedidiah
Jeremiah
Jason
James
Justin
Jackson
Johannah
Jennifer
e esta hein *
sábado, agosto 04, 2007
Sabiam que...
Obrigada Única *
terça-feira, julho 24, 2007
O futebol e o fabuloso mundo de Beckham
E eis que chegou o momento porque muitos ansiavam: David Beckham chegou a LA. Entre outras coisas, o anúncio, feito em Janeiro (a menos de seis meses do final do contrato, tal como mandam as regras), da sua transferência para os Galaxy da Major League Soccer levou a que o internacional inglês estivesse vários meses sem jogar, com Fabio Capello a afirmar que, com ele ao comando da equipa, o número 23 não voltaria a entrar em campo.
As vicissitudes da época do Real Madrid e, sobretudo, a atitude de Beckham acabaram por obrigar o italiano a voltar com a palavra atrás, o que, por si só, constituiu uma grande surpresa. De qualquer forma, os blancos de Madrid acabaram por se sagrar campeões na última jornada do campeonato espanhol, tendo o contributo de David sido absolutamente crucial para a conquista desse troféu...
Depois disso, as férias. Enquanto a Europa do futebol com mais de 21 anos estava de férias, do outro lado do Atlântico a nova equipa de Beckham raramente ganhava, jornada após jornada. A espera pelo inglês revelou-se um factor de instabilidade no plantel de Frank Yallop, levando vários jogadores a pedir à nova estrela da equipa para encurtar as férias e vir mais cedo, para ajudar dentro de campo. Ao que parece, estando lesionado, o antigo red devil não pôde aceder ao pedido.
De qualquer maneira, há cerca de duas semanas, o casal Beckham lá chegou a Los Angeles, numa saída do aeroporto bem ao estilo de Hollywood. A histeria tem sido uma constante lá pelos lados do Home Depot Center, com cerca de 250 mil camisolas “23” vendidas ainda antes de o jogador pisar solo californiano. O ambiente eufórico estendeu-se ao jogo de estreia, no Domingo passado, frente ao Chelsea, com a presença de várias estrelas do cinema… entre as quais o Governador Schwarzenegger. David jogou apenas 10 minutos, ainda a contas com a lesão que já vem das últimas jornadas da liga espanhola, mas foi o suficiente para, cada vez que tocasse na bola, se sentisse uma energia impar, nunca antes verificada nos EUA, no decorrer de um jogo de futebol.
Talvez não tenha sido intencional mas David Robert Joseph Beckham é maior que o próprio desporto. Sendo o futebol a maior modalidade em termos de reconhecimento e número de adeptos a nível mundial, há algumas zonas em que continua a ter pouca importância. David Beckham é amplamente conhecido em todo o lado. Mesmo nos Estados Unidos, onde o desporto está em sexto ou sétimo lugar no top de preferências, David Beckham é um nome reconhecido e associado a uma cara por cerca de 50% da população, segundo uma sondagem efectuada recentemente.
A verdade é que, sendo um bom jogador, o número 7 inglês, está longe de ser dos melhores futebolistas da actualidade. Mesmo na MLS, jogadores como Landon Donovan ou Freddy Adu têm uma qualidade superior em termos médios. Costumo definir Beckham como o jogador perfeito parado: passes longos, cruzamentos e remates de longe com espaço e, claro, livres, são a sua especialidade, onde brilha como ninguém. O resto… é complicado. Embora tenha evoluído, David Beckham, apresenta, por exemplo, várias falhas ao nível das movimentações em velocidade e drible, características essenciais para um jogador da sua posição.
Assim sendo… o que levou Beckham a construir esta carreira singular no mundo do desporto? Certamente, nem ele sabe. O seu estilo de vida acabou por ser um alvo apetecível dos tablóides britânicos, o fascínio por David foi crescendo, com o próprio a conseguir orientar e construir a sua imagem de uma maneira que lhe permite, aos 32 anos, assinar um contrato de cinco anos que lhe poderá vir a valer qualquer coisa como 250 milhões de dólares e, depois disso, se assim o desejar, tentar manter o seu o seu reconhecimento à escala global para continuar a facturar.
Por tudo isto, mesmo que os seus planos iniciais não tenham sido estes, há que dar o devido mérito a David Beckham, um homem que, dentro e (principalmente) fora do campo, tem dado muito ao futebol, preparando-se para continuar a fazê-lo, pois acredito que conseguirá catapultar o soccer para a linha da frente dos desportos norte-americanos, um passo importante para reforçar o estatuto de desporto-rei à escala mundial.
segunda-feira, julho 23, 2007
Coisas da publicidade...
Condições da campanha :
- Adesões exclusivas para clientes particulares tmn;
- Válida para chamadas para tmn’s e Uzo, com limite de 5h de conversação por adesão diária, a partir da 5ª hora, as chamadas para tmn’s e Uzo são taxadas de acordo com o tarifário do cliente;
- Válida por 24 horas após adesão. No final deste período, para voltar a usufruir da campanha deverá ser realizada nova adesão;
- Cada cliente pode aderir até 15 vezes a esta Campanha;
- As chamadas efectuadas para outras redes são taxadas de acordo com o tarifário do cliente;
- As chamadas realizadas ao abrigo da campanha € 1/dia não são contabilizadas para atribuição de bónus pako.
domingo, julho 22, 2007
Seis meses de Portugal no centro do Mundo
Até ao final do ano, quando a entregarmos à Eslovénia, Portugal detém a presidência do Conselho da União Europeia (e não do Conselho Europeu, como erradamente se costuma dizer: são dois “órgãos” diferentes). Para já, o início tem sido bastante prometedor. O acordo conseguido na Cimeira de chefes de Estado e de Governo de Junho passado serviu como impulso e facilitou consideravelmente a tarefa dos portugueses, relativamente à questão do novo tratado. Isto, por si só, não significa menos trabalho, mas sim uma maior liberdade para que a Europa se debruce sobre outras prioridades.De qualquer forma, o mais importante desafio colocado à nossa presidência é mesmo a necessária aprovação do novo tratado, o qual deve estar escrito e assinado até ao final do ano, de modo a que haja tempo suficiente para que o processo de ratificação esteja completo antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu em 2009.
Confio plenamente na equipa liderada pelo nosso primeiro-ministro para levar a cabo esta tarefa, em relação à qual, o maior entrave talvez venha a ser a posição dos polacos, que teimam em reclamar as condições que eles próprios acabaram por aceitar na exaustiva Cimeira, onde chegaram mesmo a relembrar factos da 2ª Guerra Mundial como argumento desesperado contra o consenso que se impunha. Ao que parece, Nicolas Sarcozy teve um papel bastante importante no resultado final, situação que me veio surpreender pela positiva, reduzindo quase para níveis neutros, a desconfiança (infundada ou não) que tinha para com o novo presidente francês.
Assim, depois de muitas horas de negociações eis que surgiu um mandato, que servirá de orientação para a efectiva redacção do novo tratado (constitucional) europeu, a começar já amanhã na Conferência Intergovernamental. A verdade é que relativamente à chumbada Constituição Europeia, muito pouca coisa mudou. Basicamente: a bandeira e o hino continuam a não estar oficializados no papel e o ministro dos negócios estrangeiros da União passa a ter outro nome. E sim, se o novo tratado for ratificado nos 27 países, confirma-se que perdemos três anos por causa disto.
Sendo que o problema da progressiva construção da Europa é bastante complexo, não se pode parar à espera que o processo de informação e educação europeia dos cidadãos se conclua na totalidade. É absolutamente insustentável. A UE não conseguirá evoluir se se continuar a recorrer a referendos em que as pessoas votem tendo em conta a situação político-partidária do seu respectivo país. Daí ter ficado bastante triste ao ver que, logo a partir do dia seguinte ao acordo, tal como vários partidos, o PSD, sem conseguir, por manifesta incompetência do seu líder, arranjar outro assunto para fazer oposição interna (depois da vitória que foi o novo período de reflexão relativamente ao aeroporto, a única, em mais de um ano sem verdadeira oposição ao governo), exigia o referendo.
Ora, não tendo eu quaisquer problemas com o referendo em Portugal, é óbvio que estas pequenas alterações ao tratado constitucional original, têm o objectivo de que seja possível, no maior número de países (idealmente, em todos, exceptuando os que estão a isso obrigados, pelas respectivas constituições nacionais), a ratificação por via parlamentar, em detrimento da arriscada via referendária, não me parecendo de bom-tom, que a oposição de um país com responsabilidades efectivas neste processo, pressione o Presidente do Conselho em exercício a exprimir a sua opinião durante um período tão sensível como o que estamos a atravessar.
Uma palavra para o trabalho do Presidente da Comissão, ao contrário do que muita gente afirma, tem sido fundamental, sendo ele um dos principais responsáveis por estarmos, de novo, no bom caminho. Durão Barroso terá também um papel especialmente importante nesta presidência portuguesa, apoiando um José Sócrates que parece renascido e para quem este período como “chefe da Europa” veio numa altura perfeita (alguém já se lembra da ridícula polémica que o envolveu no problema da Independente?).
Com menos de um mês de trabalhos, demos já um importante passo nas relações externas, ao acolhermos a primeira cimeira Europa-Brasil e, noutro plano, tivemos o encontro informal dos 27 ministros da competitividade, aos quais se seguiram várias outras cimeiras (umas históricas, outras já habituais, mas todas de grande importância), conselhos de ministros e muitos outros eventos de âmbito diverso, completando um conjunto que me deixa bastante confiante de que conseguiremos inscrever na História estes meses de “Europa dos portugueses”.
sábado, julho 14, 2007
Antes do dia de reflexão, ainda posso mandar a última posta!
Questionado no final da iniciativa pelos jornalistas, Jerónimo de Sousa afirmou que «não pode haver uma coligação formal depois das eleições».”
In PortugalDiário 15-6-2007
“António Costa, que concorre com o apoio dos socialistas à autarquia, afastou a hipótese de um acordo pós-eleitoral com o ex-presidente da Câmara de Lisboa Carmona Rodrigues.”
In Público 7-7-2007
“A candidata do movimento «Cidadãos por Lisboa» às eleições de domingo, Helena Roseta, recusou, esta sexta-feira, a coligar-se com o PS e com a candidatura de Carmona Rodrigues e prometeu ir para a câmara «para bater o pé», noticia a agência Lusa.”
In PorugalDiário 13-7-2007
Não negue à partida uma ciência que desconhece! Ou mesmo que conheça, continua a dizer que não só para ficar bem. *
quinta-feira, julho 12, 2007
Agarrem nos chapéus bicudos, cornetas e serpentinas e vão para a rua festejar!
quinta-feira, julho 05, 2007
Sabiam que...
Ass: Oceans Pirata Spider-Shrek. *
quarta-feira, junho 20, 2007
Sabiam que...
sábado, junho 09, 2007
Notícias
http://uk.news.yahoo.com/rtrs/20070603/ten-uk-obesity-d3877cb.html
Ainda bem que o estudo não foi com o conan porque as batatas não duravam até ao primeiro intervalo!*
quarta-feira, junho 06, 2007
Tinky Winky
Estava eu sentada no meu sofá este fim-de-semana quando li num jornal da moda qualquer que existia um grande rebuliço a volta dos bonecos animados “Teletubbies”.
“Pronto, esta gente só se preocupa com aquilo que não deve” – pensei eu.
Continuei a ler a notícia, e, escandalosamente, li “Tinky Winky dos Teletubbies pode ser gay” ou qualquer coisa do género, já não sei, não me atrevi a ler novamente o título para não me escandalizar uma segunda vez.
Inacreditável. Os psicólogos estavam preocupadíssimos com esta influência. E com razão! Mas onde é que já se viu um boneco roxo que pega numa mala de senhora! Totalmente descabido! Isto pode influenciar seriamente todas as crianças quê vêem o programa! Mas quem é que deixou passar isto na TV? Gay! Credo! Já se pega por tocar, então pela TV é mortífero! Agora todas as criancinhas vão “virar para o outro lado”! O mundo está perto do fim! Oh por favor, ajudem-nos! Bla bla bla!
Lembro-me que já tinha lido esta notícia a uns anos atrás, ainda andava eu no secundário. E hoje ela ainda perdura… oh Paciência!
P.S – Oops! Acabei de ver a photo do Tinky Winky no site de notícias da bbc! Serei lésbica? Vou escrever à revista “Maria". *
quarta-feira, maio 23, 2007
Aposta (incompleta)
Viva (ainda mais) à festa dos candidatos! *
segunda-feira, maio 21, 2007
Aposta
44% António Costa
23% Fernando Negrão
15% Helena Roseta
8% José Sá Fernandes
3% Telmo Correia
3% Ruben de Carvalho
E os outros que fiquem com o resto…!
Viva à festa de candidatos! As percentagens são ao calhas, aposto mais na ordem em que coloquei os nomes. *
sábado, abril 14, 2007
Sabiam que...
Obrigada Sousa Tavares *
April 14th in History
- April 14th, 0193 Lucius Septimus Severus crowned emperor of Rome
- April 14th, 1578 Born, Philip III, King of Spain and Portugal
- April 14th, 1614 Pocahontas marries John Rolfe
- April 14th, 1629 Born, Christiaan Huygens Holland, astronomer
- April 14th, 1945 Born, Steve Martin, Actor
- April 14th, 1912 The Titanic strikes iceberg off the coast of Halifax
- April 14th, 1953 Born, Irina Rudolfovna Pronina, Russian cosmonaut
- April 14th, 1956 First video camera for sound and pictures demonstrated
- April 14th, 1958 Born, Albert Alexandre Louis Pierre, Prince of Monaco
- April 14th, 1958 Sputnik 2 (with dog Laika) burns up in atmosphere
- April 14th, 1973 Born, Adrien Brody, Actor
- April 14th, 1977 Born, Sarah Michelle Gellar, Actress
- April 14th, 1986 Born, Baby D.!!
- (April 14th, 1989 Born 1,100,000,000th Chinese)
- (April 14th, 1996 Born, Abigail Breslin, Little Miss Sunshine herself)
- (April 14th, 2003 Human Genome Project successfully completed)
- April 14th, 2007 Today. Certainly a great day and the one I chose to recycle this, just to wish you a
Happy Birthday!!
quinta-feira, abril 05, 2007
Vergonhosos portugueses
Analisando a questão, não vejo que haja nenhum problema gravíssimo ou, sequer, muitas ilações a tirar acerca da sociedade portuguesa. Há, primeiro que tudo, um fracasso para a RTP em termos de audiências, apesar do forte empenho verificado em termos promocionais. Depois, há um desfecho embaraçoso, que colocou a televisão pública a anunciar o principal responsável pelo atraso português relativamente ao resto da Europa, António de Oliveira Salazar, como o melhor português de sempre.
Como é óbvio, mas não parece, a julgar por várias opiniões amplamente difundidas, a votação para o resultado do programa não tem nenhuma base científica (foram feitas várias sondagens, essas sim, verdadeiramente representativas da situação nacional e em nenhuma o ex-ditador esteve perto da vitória), dizendo-nos, apenas, que existem alguns milhares de portugueses que têm Salazar em boa conta. Nada de novo, portanto.
Pode ser incompreensível, mas acho que todos nós conhecemos pelo menos uma pessoa que costuma mandar para o ar afirmações inteligentes e bem fundamentadas como “isto no tempo do Salazar não era nada assim…”, “Estivesse cá o Salazar…”, “Isto o que faz falta é um Salazar (em cada esquina).”. O importante é que este sentimento não cresça para além de meras frases feitas ou telefonemas persistentes…
Numa atitude quiçá relacionada e não menos inteligente (desta vez sem ironia), o Partido Nacional Renovador colocou em pleno Marquês de Pombal, Lisboa, um cartaz, em que afirma ser necessário devolver “Portugal aos portugueses, o nacionalismo é a solução, basta de imigração, façam boa viagem!”.
O meu espanto: A Procuradoria-Geral da República considerou que o cartaz não tem cariz xenófobo. Nas palavras de Lopes Rego, procurador, diz que a PGR “acompanha as acções e declarações dos responsáveis pelo cartaz, no sentido de apurar se o mesmo poderá vir a constituir um veículo para a criação de condições que levem à prática de actos contra imigrantes”.
A minha reacção a estas declarações: Trata-se apenas de mais uma instância da classe de solução de problemas mais utilizada em Portugal. Deixar andar. “Dia dois de Maio aquilo sai dali… é melhor não criar ondas… isto entretanto passa e ninguém se tem que chatear”.
Entretanto o cartaz foi vandalizado, mas a maior resposta chegou hoje, pelas mãos do Gato Fedorento, numa das melhores e mais significativas provas da sua grande qualidade enquanto humoristas:
Peço desculpa ao Markl por lhe ter roubado a foto...
O “Diz que é uma espécie de magazine” não vai para o ar este Domingo. É pena. No próximo lá estarei, em frente à televisão. Sugiro que também o façam, mesmo que não gostem, pode ser que até se tornem grandes fãs, enquanto prestam tributo às pessoas que esta semana fez mais pelo país do que os funcionários do Ministério Público que se ocuparam deste caso.
Para o Partido Nacional Renovador não tenho muito a dizer. Talvez o título fale por si…
O presidente, José Pinto Coelho, deu entrevistas em que apazigua o assunto, tentando adensar a máscara de legalidade que envolve tanto o seu partido como esta iniciativa. Vendo as coisas pelo ponto de vista do PNR, a colocação deste cartaz é extremamente eficiente e eficaz, ao projectar o partido, alargando horizontes para eleições (e recrutamentos) vindouras sem grandes custos a assinalar. Eu, claro está, respeito o senhor Pinto Coelho e todos os seus colegas, só não posso é fazer o mesmo relativamente às suas convicções.
É verdade que as organizações de extrema-direita têm vindo a crescer significativamente, nos últimos tempos, em toda a Europa (quem não se lembra do brilharete de Jean-Marie Le Pen, nas presidenciais francesas de 2002?), situação que tem, mesmo em Portugal, de ser levada muito a sério e contida rapidamente. Acho que não é preciso relembrar a ninguém as manchas que o extremismo político e religioso colocou e continua a colocar na história da humanidade…
domingo, março 25, 2007
50 anos de Europa
Roma, 25 de Março de 1957. Data histórica para a humanidade moderna. Nasceu a União Europeia (CEE, na altura). Cinquenta anos depois, o bloco europeu cresceu e tornou-se numa potencial mundial, a par dos Estados Unidos da América e em concorrência com os emergentes gigantes russos e chineses.
Portugal prepara-se para assumir a presidência, e esta é uma altura (como todas?) especialmente boa para refrescar opiniões, aproximando a União da população, informando sobre aquilo que esta realmente é, e pode vir a ser, com o apoio e empenho generalizados.
A UE é muito mais do que uma aliança politica: A União Europeia somos todos nós, portugueses, alemães, austríacos, belgas, búlgaros, cipriotas, dinamarqueses, eslovacos, eslovenos, espanhóis, estónios, finlandeses, franceses, gregos, húngaros, irlandeses, italianos, letões, lituanos, luxemburgueses, malteses, holandeses, polacos, britânicos, checos, romenos e suecos. Dito isto, estamos todos de parabéns, membros da família europeia!
segunda-feira, março 19, 2007
Crise
Parece-me que o Dr. Paulo Portas e seus compadres estão com demasiada pressa. Como quem corre as escadas rolantes para ir apanhar o metro. Ele sabe que as escadas vão dar lá abaixo (à liderança), mas mesmo assim, desata numa correria desenfreada para ser o primeiro a lá chegar.
Sou das primeiras a aplaudir o seu regresso a primeira página da cena política portuguesa. Quer se goste ou não do senhor, quer se concorde ou não com o facto de ele gostar dos filmes no quarteto com intervalo, a verdade é que ele consegue produzir uma onda de 10 metros em pleno alto mar. Traz polémica. Falatório. Ar fresco. Tudo o que falta ao actual presidente, Ribeiro e Castro. O partido precisa de alguém mais forte, que saiba responder à letra. Que o impeça de cair para quinta força política do país e o faça lutar pelo terceiro lugar. Não, não vou lá muito com a cara dele, mas tem que se dar a mão à palmatória… ele é capaz de lutar por isso. Nem que se fique só pelo tentar.
Mas o que se passa foi que o “vexame” (segundo Ribeiro e Castro) veio a público e não caiu nada bem na imagem do partido. Tenham lá calma! Sim, ele parece um pouco agarrado ao sítio, mas também foi eleito com toda a legitimidade pelos mesmos que o querem agora, e desde que chegou a líder, correr com ele. Mas é preciso calma! As eleições são só em 2009 e à chapada à Dra. Maria Nogueira Pinto é que as coisas não se resolvem. Tento, meus senhores. Tento. *
domingo, março 11, 2007
A Mulher e o(s) seu(s) Dia(s), B.
Embora só em 1975 as Nações Unidas tenham decidido adoptar a data de 8 de Março, o dia Internacional da Mulher já conta com uma história de quase cem anos, tendo evoluído desde simbólicas 24 horas de protesto até um ao actual marco anual de homenagem aos progressos alcançados, enquadrado com a definição de um ponto de situação, relativos à (aparentemente inalcançável) igualdade entre sexos.
Em pleno século XXI, suposto tempo de modernidade, não só tecnológica, mas também, social, e mesmo com grande (a maior?) parte dos países a reconhecer teórica e constitucionalmente a uniformidade de direitos e deveres para homens e mulheres, a verdade é que, na prática, esta, de todo, não se verifica.
Tenho a noção de que quando, por cá, vem à baila a discriminação do sexo feminino, esta está, quase invariavelmente, associada a incidentes localizados em zonas do globo distantes, subindo à memória colectiva a imagem das afegãs envergando a sua burqa. Sendo este um exemplo gravíssimo, encerra em si uma das mais assustadoras e repugnantes características do ser humano, tornando-nos fácil de compreender o constrangimento que a discriminação levada ao extremo pode provocar nas vítimas… Digo “pode” pois, para muitas cidadãs afegãs, indianas ou paquistanesas, o uso da burqa é apenas mais um aspecto integrante da sua cultura que aceitam e abraçam sem contestação.
É precisamente aí que reside a questão chave desta problemática. A herança cultural que constitui um entrave à mudança da consciência colectiva, resignando vítimas deste e de muitos outros tipos de violência. Portugal (e o “mundo desenvolvido”) coloca-se como apenas mais um caso que confirma esta regra, não totalmente diferente, transportando para a nossa sociedade, do exemplo dos países subdesenvolvidos que referi acima.
Como de costume, preferimos olhar para fora e confiar na distância geográfica dos problemas, ignorando a nossa inquietante realidade: em Portugal, a nível social e profissional, a discriminação do sexo feminino existe e é muito mais grave do que pode parecer à maioria.
Enraizada na nossa cultura continua a iDeia de que a mulher, “por omissão”, está destinada a ficar em casa e arcar com todas as responsabilidades que a construção e manutenção de uma família acarretam… Embora tenha a percepção (e a esperança) de que esta situação já esteja a mudar com a minha geração, choca-me e perturba-me que se continue a viver com este estigma familiar que muito poucas pessoas ousam por em causa.
Os progressos são, obviamente, inegáveis e, hoje em dia, vemos, por exemplo, mais mulheres a ingressar no ensino superior, a competir profissionalmente, de igual para igual, com o sexo oposto e, nesse sentido, tudo parece bem encaminhado, até ao momento em que paramos para analisar os salários: uma senhora recebe, em média, menos 25% do que um homem, colocando-se nos 5% a diferença média relativa a duas pessoas que trabalhem na mesma empresa, no mesmo posto, com as mesmas funções… enfim, cuja única diferença é o sexo…
Agora, pergunto eu: alguém acha isto aceitável? Obviamente, alguém tem de achar, para que situações como estas se verifiquem. São exactamente essas pessoas que têm a obrigação de mudar de opinião, de operar uma lavagem de consciência que permita que a igualdade entre homens e mulheres se torne numa realidade efectiva, em vez daquela utópica que vai permanecendo idealizada na constituição.
Cabe a instituições como a União Europeia, o governo dos Estados Unidos ou a ONU influenciar e patrulhar os países menos desenvolvidos, para que neles os direitos humanos sejam respeitados. A nós, cabe-nos, tentar corrigir a situação no nosso meio social envolvente, agindo activamente no dia-a-dia, porque todos são dias para lutar em nome de uma humanidade não discriminatória.
sábado, março 10, 2007
A Mulher e o(s) seu(s) Dia(s), D.
Desde a sua vida pessoal, passando pelo seu trabalho e acabando no meio em que se insere a retrospectiva é feita, analisada, e transportada para o futuro, numa tentativa de adivinhação do que virá. Muitos protestos saíram vitoriosos, mas há outros que rebolam de ano para ano.
Esperamos que a Mulher já não seja obrigada a ficar em casa porque tem em sua posse a escolha de ficar ou não em casa; que às Segundas, Quartas e Sextas seja a sua vez de lavar a loiça, mas que às Terças, Quintas e Sábados seja a dele de passar a ferro; que não sirva apenas para procriação porque pode optar por ser ou não mãe; que não se fique apenas pela 4ª classe porque deve passar o 12º, entrar pela universidade e sair de lá com um doutoramento; que não seja limitada em termos de ambição no trabalho porque tem tantas hipóteses de chegar a gerente como o João ou o Manuel e ganhar tanto como eles se estivessem no cargo: que seja dona da sua sexualidade e livre de eleger casar com o Tiago ou com a Diana e tanto com um como com o outro possuir condições para criar uma criança; que seja católica ou budista. Que o machismo retrógrado e degradante já seja uma coisa de ontem.
A verdade é que cada vez mais são impressas notícias nos media sobre Mulheres que foram eleitas para um cargo superior ao esperado (por alguns). Os mais mediáticos passam sem dúvida por Angela Merkel, hoje em dia à frente do governo alemão, Drew Gilpin Faust que se irá tornar a primeira Mulher presidente numa universidade, e quem sabe, futuramente, também a democrata Hillary Rodham Clinton que dispensa apresentações.
Ainda não sei se concordo ou não com este dia, mas a verdade é que serve exemplarmente para tocar umas campainhas na cabeça de muitos. E espero que bem alto e com bom efeito. *
domingo, março 04, 2007
Filme do Ano Novo
Happy Feet melhor filme de animação? Não me parece… The Departed melhor filme? Definitivamente, não!
Injustiças à parte, entregues os Oscars, está como que oficialmente encerrado o ano cinematográfico de 2006. Por cá, ainda vão estreando alguns filmes “atrasados”, mas, dentro em breve, estaremos, também nos filmes,
Logo numa primeira análise às estreias agendadas para 2007, fica-se com a iDeia de que é um ano com potencial para superar o transacto, em termos de quantidade de produções de qualidade.
Sequelas. Muitas sequelas cruzar-se-ão connosco nos próximos meses, umas ansiosamente esperadas por todos, outras… nem tanto. Regressos como os de The Hills Have Eyes, Resident Evil, Fantastic Four ou Alien vs. Predator, gritam mediocridade, fazendo-nos lembrar das últimas horas que estes e outros títulos parecidos nos fizeram perder durante os últimos anos. Por outro lado... o Spider-Man está de volta! Atrás de Peter Parker e da sua MJ, vêm Shrek, de braço dado com o menino Harry Potter (vamos parar uns segundos e imaginar essa situação), também eles impacientes pela conclusão das extraordinárias sagas de Bourne e, claro, dos Pirates of the Caribbean.
Pelo meio, até Bruce Willis (que parece ir ter um ano em grande, com o algo prometedor Perfect Stranger) volta ao Die Hard e Al Pacino se vai juntar à festa, entrando no Ocean's Thirteen, filme para o qual não tenho grandes expectativas, depois de ter sido decepcionado pela última obra resultante desta invulgar mistura de estrelas.
E, falando nelas, é interessante ver o que andarão a fazer os vencedores e nomeados na última edição da entrega dos prémios da Academia. Helen Mirren, por exemplo, não tem grandes planos, estando apenas a filmar uma pequena participação num Inkheart sem grandes pretensões. Curiosamente, Cate Blanchett vai, este ano, interpretar também o papel de Rainha Isabel I em The Golden Age, um filme que promete, dado o seu forte elenco e o argumento, cooperativamente da autoria de William Nicholson, que esteve envolvido no Gladiador.
Já Forest Whitaker será a estrela de Vantage Point, um filme cuja narrativa anda à volta do assassínio do presidente dos EUA. Com muitas caras conhecidas, parece-me tratar-se de um filme a averiguar, tal como Fracture, que juntará no grande ecrã Ryan Goslin e Anthony Hopkins, prometendo ser um thriller de qualidade.
Mark Wahlberg vai continuar com Shooter e We Own the Night, tendo eu boas esperanças para este segundo, que exibe um bom potencial para atingir um patamar qualitativo acima da média, ao contrário de I Am Legend que temo vir a ser um passo atrás para Will Smith.
Noutro nível, não deverá ser com No Reservations que Abigail Breslin voltará a estar nos Oscars. Ainda assim, será mais um filme interessante para lhe fornecer a experiência de que necessita, continuando a dar-lhe a obrigatória infância que a atribuição da estatueta dourada eventualmente lhe retiraria.
Outros dois nomeados, Meryl Streep e Alan Arkin, vão juntar-se este ano a Reese Witherspoon e Jake Gyllenhaal (que também estará no muito próximo Zodiac, provavelmente um dos primeiros grandes filmes do ano) em Rendition, sobre o qual ainda não há muita informação.
Para além destas, outras estrelas prometem destacar-se em 2007. Desde logo, Nicolas Cage, que, depois do Ghost Rider que já está nos cinemas, regressará com a sequela à boa aventura da Disney, National Treasure: The Book of Secrets, não sem antes ter protagonizado Time to Kill e Next (que aparentam ser filmes medianos), contabilizando, ainda, uma presença em Grindhouse, um dos títulos por mim mais aguardados, que irá juntar, num único bilhete, uma história de Robert Rodriguez e outra de Quentin Tarantino.
À distância do que consigo prever, será um bom ano também para Natalie Portman, com a presença no Mr. Magorium's Wonder Emporium, já enquadrado no espírito natalício, e, sobretudo, pela sua intepretação
Outra grande actriz, já vencedora de dois Oscars, Hilary Swank, chegará aos nossos cinemas muito brevemente com Freedom Writers, um filme que tenho muita vontade de ver, não só pela sua presença, mas, e, especialmente, pelo tema e material de origem que tem recebido críticas bem positivas. Para além deste drama, Hilary protagonizará em The Reaping, um filme de “terror científico” que poderá muito bem ser um dos poucos bons apontamentos no género, juntamente com The Invasion, com Nicole Kidman e Daniel Craig, que se coloca, inequivocamente, como um dos filmes em destaque para os próximos meses.
Ainda assim, é certo que não somos obrigados a vê-los mas, como seria de esperar, 2007 será mais um ano cheio de filmes de “terror” de qualidade duvidosa, sempre com aquele sentimento infanto-juvenil que se tem agarrado ao género nos últimos tempos…
Um pouco à semelhança do que se passa com as comédias, românticas ou não, que ameaçam continuar niveladas por baixo. Will Ferrel, Adam Sandler e Ben Stiller trar-nos-ão as suas comédias da praxe (sendo que Sandler vai também participar num muito interessante Reign Over Me), cabendo a filmes como Mr. Bean's Holiday, Music and Lyrics, Wild Hogs e, sobretudo, a Evan Almighty e Hot Fuzz, tornar 2007 num ano positivo para a comédia cinematográfica, superando a vaga de atentados à inteligência que vai inundando os cinemas (Norbit...Are We Done Yet?...)
Ao nível da animação, para além do Shrek the Third, de que já falei, temos em perspectiva vários filmes com muito potencial. À cabeça, Bee Movie, também da Dreamworks e repleto de vozes conhecidas, lideradas pela de Jerry Seinfeld, também um dos autores do argumento, facto que, só por si, torna quase obrigatória o visionamento deste título, a sair lá para Novembro.
Depois de este ano Flushed Away ter dado ao estúdio rival prejuízo ascendente às dezenas de milhões de dólares, eis que os ratos regressam pelas mãos da Pixar, com Ratatouille… Posso estar enganado, mas não será muito fácil bater a concorrência que também incluirá Meet the Robinsons, da Disney. De qualquer forma, certamente que terão mais sucesso do que Happily N'Ever After, uma tentativa de apostar no sucesso de Shrek que não deverá enganar o público.
Ainda no cinema animado, regressam dois nomes fortíssimos, Teenage Mutant Ninja Turtles (mais uma tentativa de fazer renascer a marca das Tartarugas, à semelhança do que será feito com os Transformers, ambos ícones de muitas infâncias, incluindo a minha) e The Simpsons Movie, que terão algum sucesso garantido, dada a grande legião de fãs que têm vindo a conquistar ao longo dos tempos.
Também progressivamente tem evoluído a grande apreciação do público relativamente às interpretações de personagens reais em filmes de ficção. Depois de, por exemplo, Rainha Elizabeth II, Idi Amin, Ray Charles ou Truman Capote, eis que teremos, entre outros, Dennis Haysbert (sim, o Sr. Presidente da série 24) como Nelson Mandela em Goodbye Bafana e Anne Hathaway como Jane Austen, apresentada antes da fama com Becoming Jane… Os filmes até podem nem parecer muito bons, mas tenho genuína curiosidade em ver como serão interpretados estes papéis.
E agora, para o fim… o melhor! A somar às grandes sequelas que estão para vir, parece haver muitos e bons filmes para ir preenchendo os meses que se avizinham. Com “bom aspecto” parecem estar os thrillers The Kingdom e Breach, ambos com uma forte narrativa centrada nas agências secretas dos EUA. Ao mesmo nível, Premonition, com Sandra Bullock no papel principal, No Country for Old Men dos irmãos Coen e The Brave One, liderado por Jodie Foster, acompanhada por Terrence Howard, parecem candidatos fortes a filmes capazes de proporcionar umas boas horas de entretenimento de qualidade.
Prestes a chegar aos cinemas está Black Snake Moan, um drama onde contracenam Samuel L. Jackson e Cristina Ricci, partindo de uma premissa muito interessante e que, creio, durante um ou dois meses, até às grandes estreias de Maio, transportará o título de melhor filme de 2007. Quando o ano acabar, porém, a história deverá ser outra, com as bocas do mundo a (espero e acredito) gabarem títulos como Charlie Wilson's War (que junta Tom Hanks, Julia Roberts e Philip Seymour Hoffman, entre outros bem conhecidos, interpretando um argumento de Aaron Sorkin, o génio por detrás de Sports Night, The West Wing e, o mais recente, Studio 60), American Gangster (realizado por Riddley Scott, que já não faz um grande filme há uns anos… está na altura!) ou Sweeney Todd (a mais recente obra de Tim Burton e, só por isso, já promete muito, baseada num musical da Broadway, contando com os inevitáveis Johnny Depp e Helena Bonham Carter, desta feita acompanhados por um improvável Sacha Baron Cohen).
Aqui referi muitos filmes interessantes e com sorte ajudarei alguém a descobrir aquele filme que de outra maneira iria escapar e, exactamente com esse intuito, termino deixando duas listas que ajudam a delinear melhor as minhas expectativas cinematográficas para 2007… Certamente que existiram mais surpresas, bem como outras quantas desilusões… De qualquer maneira, mesmo que não seja um momento para profundas (e necessárias) mudanças na indústria, estou confiante de que este novo ano será bem mais positivo que o anterior.
Top 10 – Filmes mais esperados (por ordem alfabética)
- Harry Potter and the Order of the Phoenix
- Hot Fuzz
- Pirates of the Caribbean: At Worlds End
- Stardust
- Zodiac
- Beowulf
- 300 (Escapou-me durante a pesquisa inicial para este post mas, sem dúvida, a adaptação da obra de Frank Miller aparenta ser um grande filme, como confirmam as críticas de quem já o viu no festival de Berlim, há duas semanas.)
domingo, fevereiro 25, 2007
Sleepless
Nós temos o que precisa!
The Good Shepherd
Garantimos sono profundo entre a primeira ou quinquagésima hora do filme.
Serviço disponível num cinema perto de si. *
sábado, fevereiro 24, 2007
79th Academy Awards (Oscars, B.)
Apesar de eu estar à espera dos primeiros Oscars apresentados pelo Sr. Conan O’Brien (talvez em 2009 ou 2010, depois de ele estar bem instalado em LA no seu Tonight Show), John Stewart fez um bom trabalho na última edição e, portanto, fiquei com a iDeia que seria para repetir em 2007… Estava enganado. Desta feita é Ellen DeGeneres que vai liderar as hostes na Noite das estrelas, a mais esperada do ano nos Estados Unidos coincidindo com uma das maiores transmissões televisivas a nível mundial (teremos delay este ano?). E para conduzir tudo graciosamente, carregando a noite de boa disposição, confio plenamente na Ellen, mais do que habituada a estar entre a “gente” do cinema, por exemplo, com entrevistas no seu show, que demonstra uma força qualitativa surpreendente para um programa da manhã.
Estando asseguradas todas as condições para que tenhamos uma festa bem sucedida, sigo de imediato para o que verdadeiramente interessa, a materialização da arte que nos apaixona: os filmes.
À data de hoje, pelos meus registos, vi 52 títulos (exactamente um por semana… curioso) estreados no ano transacto, elegíveis, portanto para receberem uma das tão aliciantes estatuetas douradas. Não foi, contudo, e como já vem sendo normal, um ano cheio de grandes filmes.
Por todo o mundo há cada vez menos gente a ter a ida ao cinema como hábito e, assim sendo, os grandes estúdios apostam em produções gigantescas com proveitos previsivelmente garantidos mas sacrificando, muitas vezes, a qualidade, em favor de maus (mas bonitos) actores e ainda piores (mas fáceis de compreender) argumentos, capazes de apelar ao grande público através de uma ou duas explosões e, quem sabe, uma ou outra cena de nudez (não necessariamente relevante(s) para a história).
Ainda assim, nem é tudo mau. Com a consolidação deste cenário passou a dar-se muito mais atenção ao cinema independente, como comprovam, por exemplo, a vitória de Crash em 2006 e a presente nomeação de Little Miss Sunshine, uma das muitas com que concordo, apesar de haver, no meu ponto de vista, várias injustiças que tentarei evidenciar de seguida, com a análise às principais categorias, cujos nomeados tive a oportunidade de ver, quase na totalidade, à excepção de Marie Antoinette, Monster House, Notes on a Scandal e The Good German (se entretanto um deles me conquistar, certamente que virei aqui reflectir as respectivas alterações).
10 – Excelente
9 – Muito bom
8 – Bom
7 – Positivo
6 – Medíocre
(e, não que para aqui seja preciso, mas…)
5 – Mau, com algum nível de profissionalismo
4 – Muito mau, com algum nível de profissionalismo
3 – Péssimo, com algum nível de profissionalismo
2 – Muito mau, com muito pouco profissionalismo
1 – Péssimo, com muito pouco profissionalismo
Best Motion Picture of the Year
A minha escolha
Letters from Iwo Jima (10)
Acabei por me decidir pelo segundo capítulo da saga de Iwo Jima, brilhantemente liderada por Clint Eastwood. As razões? Muito simples. Não consegui achar nada de mau a apontar. Excelente realização, muitos e bons actores, com a acção a desenrolar-se num ambiente espectacularmente genuíno. Para além da perfeição técnica, a história é muito boa, fazendo-nos acompanhar a batalha, sob o ponto de vista Japonês, com a dicotomia Humanidade/Nacionalidade, brilhantemente explorada, através do General e de um mero soldado, cujos destinos se vão cruzando ao longo das quase duas horas e meia de filme.
Sozinho é um dos melhores filmes do séc. XXI e pode retirar-se uma ainda melhor experiência vendo primeiro a prequela, Flags of our Fathers: o ponto de vista americano. Em suma, uma película que fica na história e cuja visualização é absolutamente imprescindível para qualquer fã do bom cinema.
Os injustiçados
Uma viagem deslumbrante pelo mundo da fantasia dirigida, mais uma vez, por Gore Verbinski e escrita, de uma forma muito inteligente, por Ted Elliot e Terry Rossio. Johnny Depp, Orlando Bloom e Keira Knightley continuam bem, ajudando este brilhante “Piratas” a tornar-se no “porcorn movie” por excelência. Um filme para todos e que, precisamente por isso, dificilmente mereceria a atenção da Academia, como se veio efectivamente a verificar.
Seguindo um jovem membro de uma tribo que personifica toda a força da natureza, Apocalypto é visualmente deslumbrante. Com realização de grande nível e actores desconhecidos mas perfeitos para os papéis que desempenham este é um filme que, apesar de eu não concordar com algumas opções tomadas na conclusão da história (da autoria de Mel Gibson e Farhad Safinia), justificava reconhecimento nesta edição dos Oscars, com nomeações nesta categoria e na de melhor filme em língua estrangeira…
Os (restantes) nomeados
De qualquer maneira, através das excelentes prestações do elenco, cintilantes, a espaços (como provam duas nomeações que analisarei mais à frente), este Babel é um dos grandes filmes de 2006, ainda que, reafirmo, não considere muito justa a sua inclusão no lote dos cinco nomeados.
The Departed (8) – Um sólido thriller com o mundo do crime em pano de fundo, repleto de muitos actores consagrados, que contribuem com grandes actuações para a realização de Martin Scorsese, bem ao seu estilo. Ainda assim, esta concretização do argumento de William Monahan, não é a melhor das obras do realizador norte-americano, a quem o Óscar vai escapando há já alguns anos. Mais uma vez, The Departed é um bom filme mas, na minha opinião, não o suficiente para merecer a estatueta mais cobiçada.
Little Miss Sunshine (9) – Dos nomeados, o meu segundo favorito, atrás das Cartas de Iwo Jima. Um filme independente que acompanha uma família disfuncional norte-americana na sua determinada aventura para levar a membro mais nova a participar num concurso de beleza, ainda que esta não seja a típica concorrente em eventos dessa natureza.
Com o objectivo de apelar a um público mais vasto, a película foi publicitada, no grande mercado, praticamente como sendo “mais uma” comédia. Ainda que retenha alguns bons momentos a este associados, Little Miss Sunshine está muito para lá do género cómico, com um dramatismo subliminarmente presente em todas as cenas, muito por culpa do esforço que foi posto em dotar cada personagem de uma personalidade fortíssima, bem definida e completamente distinta das outras, possibilitando uma interacção espectacularmente bem delineada pelo argumentista (Michael Arndt) e pelos realizadores (Jonathan Dayton e Valerie Faris) e ainda melhor interpretada pelo elenco.
Se houvesse o Oscar para Best Ensemble Cast, Greg Kinnear, Paul Dano, Alan Arkin, Toni Collette, Steve Carell e, claro, Little Miss Sunshine herself, Abigal Breslin iriam todos para casa com um cavaleiro dourado. É um filme extraordinário, uma pérola que muito me apraz ver devidamente representada nos prémios da Academia. Recomendado a todos.
The Queen (8) – Sem dúvida um grande filme, que assenta muito na brilhante interpretação de Helen Mirren do excelente argumento de Peter Morgan, como Rainha Isabel II. A realização de Stephen Frears é de topo, ajudando, também a transformar este título num dos mais sólidos e bem executados a estrearem no ano transacto.
Como devem saber, a história tenta reflectir a reacção da família real britânica à morte de Diana em 1997, explorando as dificuldades da Rainha em lidar com a situação e em comunicar com o, então recém-eleito, Tony Blair (bem interpretado por Michael Sheen).
Menção Honrosa
Casino Royale (9) – Bond está de volta, melhor do que nunca. Não tenho dúvidas em afirmar que Daniel Craig é o melhor 007 de sempre e que este seu primeiro filme é um dos melhores títulos de acção de todos os tempos.
Flags of Our Fathers (9) – Esquecido nas nomeações, é um excelente filme que conta a história por detrás de uma das mais famosas fotografias da história dos Estados Unidos. É a prequela perfeita para a obra-prima Letters from Iwo Jima, na mesma brilhantemente realizada por Clint Eastwood e que retrata a batalha sob a perspectiva americana.
Children of Men (9) – Uma visão futurista quase perfeita, não fossem as imperfeições no final da história. Ainda assim, com um argumento muito interessante, um ambiente sem precedentes na história do cinema (muito ao estilo de Half-Life 2, o jogo) este é um dos meus filmes preferidos de 2006, um dos que mais prazer me deu ver.
Little Children (9) – Ao contrário de Babel, aqui tudo foi muito bem explorado. Uma história de paixão pouco convencional que se encerra nisso mesmo, estendendo tentáculos a várias problemáticas da vida humana, desde as primárias até às mais modernas. Sem dúvida, um dos bons apontamentos cinematográficos do ano, que, sinceramente, pensei vir a ser reconhecido pela Academia.
Lucky Number Slevin (9) – Um filme que passou despercebido a muita gente. Insere-se nas mesmas categorias de The Departed, sendo, na minha opinião, superior.
The Da Vinci Code (9) – A adaptação ao cinema, deu a conhecer, a todos os que não têm o hábito da leitura (onde me incluo-o, apesar de estar precisamente agora a ler este livro), a controversa história de Dan Brown. Muita gente ficou desapontada. Eu não conhecia a história e gostei bastante. Anseio, portanto, pelo Angels & Demons, versão cinematográfica do livro com mesmo nome, da autoria do norte-americano.
Venus (9) – Um filme que vi após saber da nomeação de Peter O’Toole e que me surpreendeu. Não fossem alguns problemas de realização, levava nota máxima. História excelente, cenas inconfortáveis para alguns mas, sem dúvida, um belo filme. This is what movies are all about.
El Laberinto del Fauno (9) – de que falarei mais à frente, quando abordar o Oscar para melhor filme em língua não inglesa.
Best Performance by an Actor in a Leading Role
A minha escolha
Peter O’Toole em Venus (9)
Interpretando o papel de Maurice, um reformado inglês que desenvolve uma relação inesperada com a sobrinha de um amigo, O’Toole faz-nos pedir a nós próprios para que o filme nunca acabe, tal não é a perfeição com que encarna a personagem… Quero explicar melhor, acreditem… mas não sou capaz: só vendo. Apesar de também concordar com a escolha dos outros nomeados, todos com prestações brilhantes, creio que é mesmo Peter O’Toole quem merece a última distinção.
O injustiçado
Os (restantes) nomeados
Forest Whitaker
Menção Honrosa
Best Performance by an Actress in a Leading Role
As (restantes) nomeadas
Best Performance by an Actor in a Supporting Role
Djimon Houson
Desde que o descobri
O injustiçado
Mark Wahlberg
Best Performance by an Actress in a Supporting Role
As (restantes) nomeadas
Best Achievement in Directing
Stephen Frears por The Queen (8) – Sem dúvida merecida, esta nomeação premeia o excelente trabalho desenvolvido por este inglês na concretização deste projecto de sucesso. Como já havia dito acima, realização de topo no meu terceiro favorito nesta categoria.
Paulo Greengrass por United 93 (7) – Boa realização. Nada de transcendente, num projecto que eu considero ter sido mal abordado, visto que resultou mais num documentário do que num filme dramático que pretendia ser.
Alejandro González Iñárritu por Babel (8) – Mais uma justa nomeação. Meu segundo favorito, o criador de extraordinários momentos em Babel, que, só tenho pena, não ter, talvez, a solidez de argumento necessária para o transformar num dos melhores filmes de sempre… E daí… terá estado o problema no realizador? Só lendo o argumento…
Martin Scorsese por The Departed (8) – Mais um trabalho muito bom de Martin Scorsese mas, desta vez, não merece ganhar. Não foi o seu melhor… Ou somos nós que estamos mal habituados? A verdade é que a concorrência é forte e a única hipótese de Scorsese ir para casa com este Oscar é se a Academia decidir (erradamente, nestas circunstâncias) premiar a sua carreira.
A minha escolha
Little Miss Sunshine por Michael Ardnt (9)
Best Writing, Screenplay Based on Material Previously Produced or Published
A minha escolha
Os (restantes) nomeados
Notes on a Scandal (-) por Patrick Marber – Não vi.
Best Animated Feature Film of the Year
A minha escolha
Os (restantes) nomeados
Monster House (-) – Não vi.
Best Foreign Language Film of the Year
A minha escolha (dos nomeados, o único que vi)
El Laberinto del Fauno (9)
Será isto fruto da imaginação de uma criança… ou uma inesperada realidade? O filme é-nos apresentado num ambiente extraordinário, visualmente apetecível e com um toque de ingenuidade, contrastante com momentos de dura violência, constituindo um hino ao cinema fantástico. Absolutamente a não perder.
Os injustiçados
Letters from Iwo Jima (10) – Porque penso que um nomeado para prémio de melhor filme, caso seja em língua não inglesa, deve também ser nomeado nesta categoria, como já aconteceu com Wo hu cang long (O Tigre e o Dragão).
Para as restantes categorias passo, somente, a apresentar os meus favoritos:
Best Achievement in Cinematography
Children of Men (9) por Emmanuel Lubezki
Best Achievement in Editing
Best Achievement in Art Direction
Pirates of the
Best Achievement in Costume Design
The Devil Wears Prada (7) por Patricia Field
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Score
Best Achievement in Music Written for Motion Pictures, Original Song
Dreamgirls (8) Henry Krieger e Siedah Garrett("Love You I Do")
Best Achievement in Makeup
Apocalypto (9) por Kevin O'Connell, Greg P. Russell e Fernando Câmara
Best Achievement in Sound Editing
Flags of Our Fathers (9) por Alan Robert Murray, Bub Asman
Best Achievement in Visual Effects
Pirates of the
Best Documentary, Features
An Inconvenient Truth (9)
Best Short Film, Animated
No Time for Nuts
