sábado, março 10, 2007

A Mulher e o(s) seu(s) Dia(s), D.

Neste passado dia 8 celebrou-se o dia internacional da Mulher. Apesar de ser um dia que me passa e passou completamente ao lado (semelhantemente a todos os outros dias internacionais parecidos a este), não deixa de ser uma desculpa obrigatória para nos fazer lembrar de todas as arestas que esta sociedade precisa de limar neste campo. Ainda que a wikipedia nos diga que “É um dia comemorativo para a celebração dos feitos económicos, políticos e sociais alcançados pela mulher” penso que é no que ainda falta melhorar que se centra muito mais a atenção neste dia.

Desde a sua vida pessoal, passando pelo seu trabalho e acabando no meio em que se insere a retrospectiva é feita, analisada, e transportada para o futuro, numa tentativa de adivinhação do que virá. Muitos protestos saíram vitoriosos, mas há outros que rebolam de ano para ano.

Esperamos que a Mulher já não seja obrigada a ficar em casa porque tem em sua posse a escolha de ficar ou não em casa; que às Segundas, Quartas e Sextas seja a sua vez de lavar a loiça, mas que às Terças, Quintas e Sábados seja a dele de passar a ferro; que não sirva apenas para procriação porque pode optar por ser ou não mãe; que não se fique apenas pela 4ª classe porque deve passar o 12º, entrar pela universidade e sair de lá com um doutoramento; que não seja limitada em termos de ambição no trabalho porque tem tantas hipóteses de chegar a gerente como o João ou o Manuel e ganhar tanto como eles se estivessem no cargo: que seja dona da sua sexualidade e livre de eleger casar com o Tiago ou com a Diana e tanto com um como com o outro possuir condições para criar uma criança; que seja católica ou budista. Que o machismo retrógrado e degradante já seja uma coisa de ontem.

A verdade é que cada vez mais são impressas notícias nos media sobre Mulheres que foram eleitas para um cargo superior ao esperado (por alguns). Os mais mediáticos passam sem dúvida por Angela Merkel, hoje em dia à frente do governo alemão, Drew Gilpin Faust que se irá tornar a primeira Mulher presidente numa universidade, e quem sabe, futuramente, também a democrata Hillary Rodham Clinton que dispensa apresentações.

Ainda não sei se concordo ou não com este dia, mas a verdade é que serve exemplarmente para tocar umas campainhas na cabeça de muitos. E espero que bem alto e com bom efeito. *

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