Perto da Praça do Comércio em Lisboa um grupo de 5 pessoas ao meu lado grita “Feliz Ano Novo” enquanto abre uma garrafa de champanhe. Eu olho para o relógio e o mesmo marca 23h37. Encolho os ombros.
Tenho a sensação de terem passado 2 minutos até um grupo maior um pouco mais à frente começar também a dar as boas vindas ao novo ano e a agitar freneticamente a sua garrafa de Chandon. Torno a confirmar com o meu relógio que a meia-noite ainda não chegou e são efectivamente 23h43.
Nos passados 10 minutos ouvi mais uns quantos grupos a fazer a mesma festa e de todas as vezes eu olhava para o relógio e confirmava que não passavam todos de uma cambada de preguiçosos que usavam o relógio adiantado para mão chegarem atrasados ao trabalho.
Eu esperei pacientemente que o meu swatch marcasse 00:00 para em voz alta dar as boas vindas ao novo ano. E dissipados pelos minutos seguintes mais grupos de pessoas faziam o mesmo. Ali cada um se regia pelo seu relógio e quando era a sua vez a festa fazia-se à hora de cada um.
Começou o fogo-de-artifício. Todos se calaram e todos acertaram a hora.
3 comentários:
É de facto uma experiência algo surreal. Também no Parque das Nações as rolhas precoces teimaram em saltar.
Mas mesmo o próprio fogo de artifício começou dois minutos antes da meia-noite. Resolução de ano novo que proponho a todos: acertar os relógios ao meio-dia do dia 31 de cada ano.
Penso que percebi que era meia-noite às, hmmm, 00:12?
Por aí.
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