Ontem fui ver o Coisa Ruim.
Diga-se o que se disser, é bom.
Se passa um filme português, seja na televisão ou no cinema, sempre que a disponibilidade o permite, tento dar-lhe atenção apesar de que os últimos que tenho visto só me fizeram tirar a vontade de o fazer. Estou a falar do Kiss Me e do Crime do Padre Amaro. Só se safou o Sorte Nula. Apesar de certas cenas dispensáveis cheias de clichés típicos do cinema português, toda aquela história mirabolante fez-me passar um bom bocado. Não ligando a fotografia, não ligando a falta de tripés, não ligando as falhas de som, aquele “Ocean’s Twelve” de actores ate se safou.
Mas passando ao assunto do post, Coisa Ruim deu um passo em frente. Há actores, cenas e diálogos bons. Finalmente consegui ouvir mais de 90% do que os actores diziam. Finalmente as cenas de sexo gratuito não apareceram. Finalmente um filme deste género (Thriller?) chega as nossas salas de cinema e tem o seu cartaz ao lado de outros grandes lá de fora como Capote ou Munich. E não esperava ser surpreendida no final por um filme português (peço desculpa pelo excesso de cepticismo). Não foi o filme da minha vida, simplesmente gostei da surpresa. Gostei do atrevimento do filme. Este tipo de “crimes” não devem ser feitos apenas por padres chamados Amaro ;)
O mal está lá. Não o vemos, mas conseguimos sentir. E essa é uma das maravilhas do cinema, fazer-nos sentir. *
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